O câncer de próstata, que só “perde” para o tumor de pele não melanoma na lista das doenças que mais incidem entre os homens, atinge principalmente pacientes com idade superior aos 50 anos. Segundo o Ministério da Saúde, tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam com o avanço da idade, considerada um fator de risco, assim como a hereditariedade.
As principais formas de prevenção são o toque retal a partir desta idade e a Dosagem de PSA Total (antígeno prostático especifico), através dos quais é feito o rastreio da doença. “Como o câncer não se comporta igualmente em todos os pacientes, o rastreio é importante. Em alguns pacientes, ele é agressivo e em outros, silencioso”, explica Dr. Modesto Jacobino, à frente da equipe do Lithocenter, referência há 25 anos no tratamento da próstata. Segundo ele, quanto mais cedo for obtido o diagnóstico, maiores são as chances de cura. “Diagnosticar a doença ainda em fase inicial possibilita que o tratamento tenha êxito em 90% dos casos”, sustenta.
Além do toque, Dr. Modesto lista outras formas de diagnóstico, como Ultrasonografia da Próstata e Ressonância Multiparamétrica da Próstata. Para ele, que é ex-presidente da Associação Brasileira de Urologia, no entanto, alguns comportamentos durante a vida podem ser entendidos também como prevenção. “Manter uma vida saudável, evitando uma uma dieta rica em gordura saturadas, por exemplo, são boas escolhas. Alguns alimentos, como o tomate, têm Licopeno, que é antioxidante e protege a próstata”, destaca.
No início do Novembro Azul, Dr. Modesto aproveita para esclarecer alguns mitos acerca da doença. “O Câncer da Próstata não está relacionado com obesidade ou com a realização da vasectomia”, reforça. De acordo com ele, o acesso a informação tem quebrado o tabu acerca da doença e do diagnóstico. “Esclarecido, o paciente perde o medo e o preconceito e reconhece a importância de realizar sua prevenção e diagnóstico”, comemora.
TRATAMENTO – Os tratamentos mais utilizados atualmente são a cirurgia e a radioterapia. Novas modalidades estão surgindo, mas ainda em avaliação. “A vigilância ativa por meio de exames periódicos ainda tem se mostrado efetiva no diagnóstico precoce”, explica Dr. Modesto, que sugere que pacientes que tenham casos de parentes de 1º grau com a doença façam consultas regulares a partir dos 45 anos.