No dia 4 de abril de 2018 o ícone Cazuza completaria 60 anos, uma data a ser lembrada e comemorada como o nascimento de um dos grandes poetas do rock nacional e da música popular brasileira.
Homenageando um dos maiores nomes do cenário nacional, o cantor e compositor Marcelo Quintanilha, lançou dia 19 de janeiro pela gravadora DECK, o álbum CAJU, para honrar este ícone de uma geração que, órfã da já moribunda ditadura militar, buscava uma identidade tanto estética quanto de valores.
“O Cazuza foi muito importante para mim e me influenciou muito como compositor, sempre admirei muito a linguagem e a liberdade que ele tinha na sua vida e na sua obra. Eu vinha de uma escola clássica, que queria fazer música como Gil, Caetano e Chico e Cazuza, mesmo descumprindo com as normas rígidas da MPB tradicional, conseguia falar com todo mundo, docemente, com crítica e com uma densidade muito própria. Como dizia Gil, Cazuza falava outra língua, mas todo mundo entendia!”, conta Marcelo, que sempre foi fã confesso de Cazuza e que já havia gravado a canção “O Tempo Não Para” em seu CD QUINTO de 2008.
No repertório de CAJU estão 11 canções de Cazuza, como “Blues da Piedade”que ganhou versão à capela num côro Gospel; “Codinome Beija-Flor”, numa versão valsada; “Exagerado”; “Azul e Amarelo”; e “Brasil”, com participação de sua filha Nina Quintanilha dando voz da nova geração a um retrato tão atual quanto há 30 anos atrás, reiterando a atemporalidade de sua obra.
Fechando o álbum, a canção “Caju”, de Marcelo Quintanilha reverencia Cazuza com versos “quase tão livres quando a alma desse tão poeta”, contra o tédio, contra os chatos, e contra as convenções.
Caju, o apelido de Cazuza, que também era apelido de Agenor de Miranda Araújo Neto, foi o título escolhido para o álbum concebido para mostrar sua obra através de uma sonoridade elegante e delicada, que destaca o grande poeta que Caju é, se distanciando das versões originais para chegar aos ouvidos das pessoas de modo mais íntimo, como “segredos de liquidificador”.
Os arranjos de Marcelo Quintanilha e Maestro Rodrigo Petreca (que também assina a produção do álbum) foram pensados para valorizar a poesia de Cazuza num figurino sonoro atual, mesclando acústico e eletrônico de forma moderna e precisa. Xinho Rodrigues assina o arranjo de “Faz Parte do Meu Show”, que ganhou versão mais pop do que a bossa nova original.