Sentar, relaxar, apreciar a vista e toda a sensação de aconchego e calmaria foram alguns dos desejos dos paisagistas Catê Poli e João Jadão ao projetar seu ambiente para a 33ª CASACOR São Paulo que, nesse ano, ganhou data e casa nova. Abrigada no Parque Mirante, anexo da Arena Allianz Parque, a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas acontece dos dias 21 de setembro à 15 de novembro, seguindo todos os protocolos necessários para garantir segurança.

Aproveitando do clima quente e aconchegante da estação, Catê Poli e João Jadão projetaram o Rooftop CASACOR, com 224 m², como um refúgio de verão. “Nos inspiramos nos beachclubs rústicos de Tulum, Ibiza, Míconos, evocando um oásis em meio à cidade. Tudo foi pensado para ser usado e aproveitado, permitindo que os visitantes desfrutem da vista para a Casa das Caldeiras”, aponta a paisagista Catê Poli.

Muito ligado com a tendência de se ter um espaço de férias dentro de casa, que se tornou o refúgio particular de cada um durante a pandemia, o Rooftop CASACOR é como um lembrete de como a conexão com a natureza é capaz de relaxar, de fazer com que cada um se reconecte com o que é essencial. “É um espaço para descansar e se inundar com sensações de esperança de que logo a pandemia acabará”, destacam. A dupla teve como desafio transformar a laje do espaço, antes toda de cimento, em uma área agradável, atraente e aconchegante para o público. “Tivemos que nos atentar aos detalhes, pois não podíamos fazer perfurações drásticas ou colocar muito peso sobre a laje. Escolher espécies resistentes ao sol pleno e vento também foi essencial”, destaca.

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Para isso, a dupla optou por projetar o ambiente com diversos lounges, alternando áreas abertas e outras com coberturas perfuradas (Vari) que ainda permitem a passagem do sol. Todo o mobiliário (Hio Móveis) é pensado para área externa, composto por sofás e chaises de tecido impermeável de alta performance, que permite que resistam às intempéries. Eles foram combinados com mesas de centro de madeira maciça Pequiá e toras de Itaúba (Arboreal) e ombrelone (Tidelli) de palha sintética da Palmex, capaz de trazer rusticidade unida com inovação, uma vez que o material é mais resistente, inclusive ao fogo. “Por serem leves e feitos de espuma, os mobiliários permitem mobilidade e flexibilidade de layout”, diz a dupla.

Abraçando toda essa área de relaxamento, o paisagismo cuidadosamente pensado tem como destaque oito jabuticabeiras, fruta nativa brasileira adorada por todos, e os jasmim manga, espécie dos anos 70 que voltou a ser amplamente utilizada. Aproveitando a possibilidade de fazer uma CASACOR com mood de verão, outras espécies como Clusia, Guaimbê, Liriope Verde, Ofiopogon Variegato, Formio Verde, Moreia Branca e Dianela Variegata complementam o paisagismo. “São espécies resistentes, que não exigem muita água, fáceis de cuidar e manter. É um jardim capaz de ser transportado facilmente para um projeto real”, afirmam. Tudo sustentado sobre um piso drenante, da Sitta Maria, para o escoamento de água.

Para complementar, vasos vietnamitas e artesanais (Organne) aproximam o ambiente do tema da mostra, que nesse ano ressalta a Casa Original, com um retorno às origens, à simplicidade e ao rústico. E para valorizar ainda mais as espécies, o projeto luminotécnico (Interlight, com instalação da Ipel) contou com balizador baixo de luz e espetos de haste longa, tudo reforçando a estética de veraneio do Rooftop, muito agradável e acolhedora.

“Temos por tradição projetar ambientes que possam ser usados, aproveitados, e que se preocupem também com a sustentabilidade”, destaca Catê Poli. Por isso, a iluminação é em LED, de baixo consumo, e todos os itens e plantas ali utilizados poderão ser doados ou reaproveitados ao final da mostra, evitando descartes e desperdícios.