Neste Verão 2018, o encontro entre moda e arte ganha novos contornos nas criações da estilista Marta Reis. Com elegância e personalidade, o beachwear da marca dialoga com as novas perspectivas de comportamento – e da própria moda -, usando referências do cinema e da dança para enaltecer a atemporalidade da beleza e da sensualidade feminina.

Repleta de significado, a nova coleção da carioca é apresentada no fashion film “Do Desejo”, estrelado por Clara Choveaux. A atriz franco-brasileira é protagonista de uma narrativa que conjuga drama, romance, movimento e poesia – elementos que inspiraram a estilista nesta temporada e conduzem o envolvente enredo do curta.

Com singular trajetória no cinema – especialmente, o francês -, Clara consagrou-se como um dos nomes de destaque do segmento, acumulando papeis importantes no currículo. Em 2003, concorreu em Cannes com Nicole Kidman por sua atuação em “Tiresia”, de Bertrand Bonello. Em 2009, estreou no cinema brasileiro em “Embarque Imediato”, com Marília Pera e José Wilker. Ainda esse ano, esteve em “Elon Não Acredita na Morte”, primeiro longa do mineiro Ricardo Alves Jr.

Com roteiro e direção de Vera Fajardo, “Do Desejo” parte de uma atmosfera onírica para apresentar uma personagem extremamente feminina, segura e apaixonada por raridades literárias. Na trama, divide a cena com um músico, interpretado pelo ator Zé Azul, seu par romântico de um momento íntimo que torna-se ainda mais lírico ao som de “In The Mood For Love”, do compositor japonês Shigeru Umebayashi, tocada em sua guitarra. O livro “Do Desejo”, de Hilda Hilst, é o ponto de partida para a interação entre os dois, bem como as peças criadas por Marta Reis para a dramatização.

Com fotografia que reflete o caráter sedutor – e extremamente sensível – da história, a produção resume alguns dos conceitos que guiam a carreira da estilista e sua marca homônima. Transitando de forma primorosa entre universos da moda e da cultura, Marta Reis propõe, a cada coleção, uma rica conversa com contextos que vão além das tendências. “Do Desejo” e a escolha por Clara Choveaux destacam essa vertente de forma surpreendente, indo ao encontro dos movimentos atuais que valorizam a mulher real, independente da idade, e do conjunto de referências que deram origem às peças da estação.