A professora da Faculdade Baiana de Direito, e coordenadora científica do evento “Elas pelo direito e eles por elas”, Carolina Grant, iniciou dizendo que “não se trata de mais um debate sobre as mulheres. É um evento que vai além e propõe uma série de reflexões como convite para que a gente repense o nosso gênero: o ser mulher e o ser homem nessa sociedade ainda tão desigual”.

E, assim, por volta das 9h desta sexta (08), com o auditório cheio, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado na Faculdade Baiana de Direito com discussões sobre os avanços e os retrocessos vividos pelas mulheres em relação à luta por igualdade de gênero; os impactos que elas sofrerão de várias classes sociais em virtude das reformas econômicas recentes, dentre outras.

As principais conquistas das mulheres como o direito ao voto, a inserção no mercado de trabalho e a Lei Maria da Penha serviram de gancho para chamar a atenção da plateia para outros temas que, em pleno século 21, ainda são barreiras a serem quebradas.

“Mulheres ainda ganham cerca de 25% a menos que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções”, disse Carolina. A professora Cláudia Albagli lembrou que “no governo estadual, dos 22 secretários, apenas 3 são mulheres”. E a primeira assistente administrativa transexual da Faculdade Baiana de Direito, Sellena Ramos, completou dizendo que “o Brasil é o país que mais mata trans”.

Além dos já citados, a doutoranda em Jurisdição Constitucional e Novos Direitos Adriana Brasil Vieira Wyzykowski, o professor de Direito Constitucional Gabriel Marques, a palestrante Nide Nobre, a mestre em Direito Público Anna Carla Fracalossi, o advogado e professor Valter Almeida, o historiador e pesquisador de gênero Savio Roz e o ativista transexual e graduando em comunicação João Hugo. completaram a mesa de debates. O evento foi aberto ao público e a entrada gratuita.