O Dia Internacional da Tireoide acontece hoje (25) e marca a conscientização das pessoas sobre problemas na glândula endócrina, localizada na parte anterior do pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam diversas funções. Quando ela não funciona corretamente, pode liberar hormônio em excesso, conhecido como Hipertireoidismo, ou em quantidade insuficiente, o Hipotireoidismo.
O Hipotireoidismo adquirido é a endocrinopatia mais comum. Podem haver casos diagnosticados após os 2 anos de idade que tem origem em um problema congênito (anomalias do desenvolvimento da glândula ocorridas durante a gestação), mas na maioria das vezes ele é adquirido. Histórico familiar de doenças da tireoide autoimune, passado de cirurgia ou radiação em pescoço, uso de medicamentos que afetam o metabolismo dos hormônios tireoidianos e deficiência ou exposição prolongada à quantidade excessiva de iodo são os fatores de risco mais comuns. Enquanto que a agenesia ou o não desenvolvimento adequado da tireoide no feto, durante a gestação, pode ser identificado a partir do teste do “Pezinho” como Hipotireoidismo Congênito.
Endocrinologista pediátrica da Singular Medicina de Precisão (empresa baiana especializada em medicina genética), Silvia Lessa explica que os sintomas clássicos do hipotireoidismo adquirido são sonolência, cansaço, ganho de peso, cabelos e unhas frágeis, intolerância ao frio e distúrbios da fertilidade. Mas nem sempre os sintomas são evidentes, alerta a especialista: “Muitas vezes os sintomas são inespecíficos e podem ser diagnosticados somente durante um exame laboratorial de rotina. Além da história clínica, é necessário sempre checar a função da tireóide através dosagem dos hormônios que a regulam e os hormônios por ela produzidos”.