TAMAR 35 anos: Uma homenagem à primeira geração de tartarugas marinhas de sobrenome Tamar’ é o nome da exposição que estará durante o mês de junho até dia 20 de julho no Projeto TAMAR Praia do Forte, em Mata de São João, Bahia. Uma das poucas tartaruguinhas liberadas pelos pesquisadores nas primeiras solturas de filhotes do Projeto TAMAR, em 1982, vai chegar em 2017. Ela nasceu em uma época diferente da de hoje. Após 35 anos de trabalho, o TAMAR conseguiu transformar realidades e colhe agora os frutos de uma parceria com as comunidades litorâneas brasileiras e com a Petrobras.

“Quando nós tivemos a oportunidade de testemunhar a primeira eclosão de um ninho de tartaruga marinha, não pensávamos que neste momento estaríamos na praia aguardando a chegada daquela tartaruguinha que acompanhamos até o mar pela primeira vez”, conta Guy Marcovaldi, fundador e coordenador nacional do TAMAR.

Já em idade reprodutiva, a tartaruga mais aguardada desta primavera traz em seu ventre muitos ovos e o embrião da história do Projeto que a mais tempo se dedica no Brasil a proteger e pesquisar as tartarugas marinhas. “O ciclo de vida desses animais estava praticamente interrompido. O Filhote 35 Milhões vem de uma família que quase acabou, não fosse a ideia de pesquisar e conservar as tartarugas no país para que elas ainda pudessem existir nas próximas gerações”, destaca Marcovaldi.

O Projeto TAMAR começou nos anos 80 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, hoje o projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Visite o Museu da Tartaruga Marinha na Praia do Forte e confira a exposição.

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