A Novela Velho Chico, de autoria de Edmara Barbosa e Bruno Barbosa, com supervisão de Benedito Rui Barbosa e direção de Luiz Fernando Carvalho, tem como principal tema a transposição do Rio São Francisco.
“Nesse momento tão propício e tão preocupante para a temática das águas, queremos lançar o olhar para o rio São Francisco, suas águas e a comunidade que vive à sua margem”, explicou Edmara Barbosa, que já assinou remakes de tramas criadas pelo pai, como Cabocla (1979 e 2004), Sinhá Moça (1986 e 2006) e Paraíso (1982 e 2009).
O fotógrafo Biel Fagundes , aproveitou o momento para eternizar o “Velho Chico” em fotografias que retratam a singularidade do Rio. Denominado “Vale Ouro”, o projeto chama para um passeio pelas belezas do rio e a atenção para o assoreamento das matas ciliares.
Ao entardecer, o sol desce transformando tuas águas em espelhos de ouro. Ouro que embeleza as lavadeiras que trazem sustento para casa. Águas que levam alimento e esperança para as mesas dos ribeirinhos que vivem ao seu redor. Da força de tuas correntes, transforma água em energia para casas e residências de todo o Nordeste. Nas tuas margens, fragmentos de diversos biomas o embeleza com plantas que não precisam serem lapidadas para mostrar tamanha beleza.
A Ponte que liga os municípios de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro na Bahia. Foi construída na década de 1950. Tem um tráfego diário de cerca de 35 mil veículos e extensão de 801 metros sobre o Rio São Francisco. A Presidente Dutra foi a segunda ponte em concreto com fios ou cabos de aço especiais de protensão do Brasil.
O São Francisco banha cinco estados, recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das carrancas que até hoje persistem.
Ao entardecer, o sol desce transformando tuas águas em espelhos de ouro. Ouro que embeleza as lavadeiras que trazem sustento para casa. Águas que levam alimento e esperança para as mesas dos ribeirinhos que vivem ao seu redor. Da força de tuas correntes, transforma água em energia para casas e residências de todo o Nordeste. Nas tuas margens, fragmentos de diversos biomas o embeleza com plantas que não precisam serem lapidadas para mostrar tamanha beleza.
Biel Fagundes mostra com essa série fotográfica uma forma poética de sensibilizar e chamar atenção das pessoas para uma das coisas mais preocupantes até o momento sobre esse recurso hídrico: o assoreamento do rio. Muitos trechos do Velho Chico já não são mais navegáveis e a redução do volume de água, o acúmulo de areia e outros materiais no fundo do rio dificulta a navegação. A falta de vegetação nas margens dos rios e mananciais aumenta o volume de terra e areia nas margens, que acaba sendo transportada para dentro do rio, ocasionando obstrução de trechos e com isso o assoreamento.
Com um acervo de mais ou menos 100 fotografias, o projeto “Vale Ouro”, leva esse nome para dar ênfase ao riquíssimo valor do Vale do São Francisco. Juazeiro, Petrolina e região, vivem em função do Rio São Francisco. Diversas pessoas usufruem desse recurso hídrico diariamente para atender suas necessidades sejam elas profissionais ou até mesmo de lazer. Banhar-se nas águas do Velho Chico é purificar a alma.