Em 2017 e 2018, a exposição alemã “FAVT: Future Africa Visions in Time” viaja pelo continente africano. Até agora, já foram duas escalas, a primeira em Nairobi (Kenia) e a segunda em Joanesburgo (África do Sul). O projeto tem conceito assinado por Katharina Fink, Storm Janse Van Rensburg e Nadine Siegert – esta última, atual residente do Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. Por conta desta presença na cidade, uma passagem da mostra em Salvador está agendada. Aqui, ela se transforma em “FABVT: Future Afro Brazil Visions in Time” e, juntamente com o curador local Tiago Sant’Ana, convida projetos artísticos da Bahia para participar deste diálogo e explorar diversas áreas de pesquisa e debates que, criticamente, se empenham em refletir, interpretar, imaginar, intervir, inquietar, traduzir ou antecipar as concepções de “futuros”, “temporalidades” e “África”. Fotografia, instalação, paisagens sonoras, projeções, texto e performance estão integrados. A abertura acontece no dia 15 de setembro (sexta-feira), às 18h, na Galeria do Goethe-Institut, com entrada franca.
A curadoria da edição baiana, feita em dupla por Nadine e Tiago, reúne trabalhos do Coletivo Afrobapho, Danillo Barata, Kitso Lynn Lelliott, Kiluanji Kia Henda, Cláudio Manoel, Laila Rosa, Raphael Bqueer e Virgínia de Medeiros. Na data do vernissage, haverá uma visita guiada com os curadores e a convidada Emi Koide, além de uma performance de abertura do BATUQUE FUTURO_3 (Laila Rosa, Neila Kadhí e Cláudio M.), acompanhada de cinema ao vivo com Danillo Barata. A visitação segue até 6 de outubro.
A exposição FAVT já esteve em exibição no Iwalewahaus em 2015 e será realizada em várias cidades até 2019. No início de 2018, estará em Windhoek (Namíbia) e Harare (Zimbábue). Em cada local, ela é acompanhada por uma performance e por ativações que proporcionam uma plataforma de debates e de mútuo engajamento de pesquisadores, artistas e público em geral. Os artistas locais não apenas são convidados a expor seu trabalho, mas também a contá-lo com discursos relacionados a futuros e futurismos. Assim, artistas e pesquisadores, ativistas e acadêmicos fazem um intercâmbio frutífero e crítico sobre conceitos, ideias e visões de tempo e futuro. Originalmente gerados por pesquisadores e artistas convidados da Bayreuth Academy of Advanced African Studies (Alemanha), os questionamentos de base são: quais conceitos de futuro são desenvolvidos em momentos de incerteza e ruptura? Como o futuro é representado e visualizado na arte e na ficção? Em quais caminhos o passado ressoa no futuro? E como nós podemos antecipar alternativas futuras para um presente conturbado?
Esta realização tem apoio da Robert Bosch Stiftung, instituição da qual Nadine Siegert é bolsista, e também do Goethe-Institut, Iwalewahaus, Bayreuth Academy of Advanced African Studies e Universitat Bayreuth. É uma realização do Goethe-Institut Salvador, Iwalewahaus e Bayreuth Academy of Advanced African Studies.