A pandemia de coronavírus é grave para todas e todos. Para pessoas LGBTI+ em situação de vulnerabilidade social e econômica, a crise é ainda maior. Por isso, o Grupo Arco-Íris, ONG que atua no Rio de Janeiro na promoção da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo, está promovendo a campanha batizada LGBTI+ X Corona. Nossa bandeira nos une, que apresenta um conjunto de estratégias prioritárias para o enfrentamento do COVID-19, como o apoio emocional e a articulação de uma rede de proteção social, além da disseminação de informações de fontes seguras sobre as formas de prevenção específicas para a comunidade LGBTI+. De forma prática, a campanha visa arrecadar cestas básicas, material de higiene e água mineral para a comunidade, especialmente pessoas trans.

“Desde que a recomendação de isolamento social teve início, o Grupo Arco-Íris vem desenvolvendo diversas repostas para a comunidade LGBTI+ no Rio de Janeiro. Muitas pessoas têm nos procurado com demandas de caráter emocional e, principalmente, situações mais graves como a falta de qualquer alimento. É angustiante saber que alguém está passando fome. Isso gera uma tristeza e desespero imensos em qualquer pessoa, mas logo vem um sentimento de que é necessário resistir e buscar alternativas” comenta Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris.

Segundo Cláudio Nascimento, coordenador executivo da ONG, em três dias o cadastro social realizado pelo Grupo Arco-Íris para organizar as informações sobre quem está em busca de ajuda e quais são as suas principais necessidades registrou mais de 500 pessoas. “São pessoas LGBTI+ em situação de vulnerabilidade social, pois estão sem qualquer trabalho ou fonte de renda. Estamos totalmente mobilizados para buscar articulações para oferecer alimento e conforto emocional para essas pessoas. Sabemos que esse número vai aumentar, porque todos os dias recebemos novos pedidos de ajuda. Por isso todo apoio é fundamental. Estamos buscando pessoas, empresas e setores do poder publico para se unir a essa bandeira” finaliza Cláudio.