E como tem sido seu jeito de dançar (em casa) na quarentena? O Grupo Jeitus de Dança,
grupo independente de dança na cidade de Salvador, vem buscando novas estratégias para
manter suas atividades criativas e produtivas em ação, reiterando o caráter transformador
que possui a arte e das metamorfoses dos artistas. Buscando uma arte do com-tato, nesse
momento de combate ao COVID-19, a partir da interação via aplicativo de mensagens,
redes sociais e videoconferências, o Jeitus se mantém ativo, propositivo, questionador e
contemporâneo. Com sua base criativa bebendo das pessoas e de comportamentos dos
soteropolitanos, a exemplo dos espetáculos “Malemolência” de 2014 e “Carnavrau” de
2018, o Grupo Jeitus propõe atualmente entender e ressignificar o pagode baiano, sua
historicidade, suas camadas rítmicas e de movimentos, e sua evolução. Do entendimento
da construção coreográfica, da composição musical, da estrutura cênica, dos componentes
socioculturais envolvidos, como questões de raça, de gênero e de classe social, os
intérpretes-criadores, Alice Rodrigues, Iago Gomes, Ícaro Ramos e Luana Fulô, com
orientação dos diretores Leonardo Santos e Marcos Ferreira, promovem discussões,
criações compartilhadas e fomenta material virtual sobre o tema. Tais ferramentas se
projetam em manter o Jeitus atuante, mas potencializar um futuro espetáculo de solos,
produzidos remotamente, inovando nas formas e conduções de criar, apresentar mediar
público.
O Grupo Jeitus de Dança, tem em seu repertório artístico os espetáculos “Malemolência”
(2014), “ID – Um pouco de cada em cada um” (2016) e “Carnavrau” de 2018. Já se
apresentou com suas obras na cidade de São Paulo, nos festivais Vivadança Internacional,
EPA (Encontro Periférico de Artes), Festival Artes Negras, em diversos teatros de Salvador.
É grupo residente do Espaço Xisto Bahia e tem na sua direção geral Leonardo Santos
(Mestre em Dança pela UFBA) e Marcos Ferreira (Técnico em Dança pela FUNCEB), que
também é diretor coreográfico.