O cantor, músico, compositor e escritor Manno Góes vai receber a comenda Dois de Julho, maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia entregue a baianos com contribuições relevantes ao Estado. A indicação foi feita pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT) e aprovada por unanimidade pela Casa, pelo expoente que o artista se tornou tanto pela musicalidade quanto pelo engajamento com as questões sociais, entre elas, o direito do autor. A cerimônia acontece no dia 21, às 10h, no Plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães, na Assembleia.

Nascido e residente em Salvador, Bahia, Manno Góes é fundador de vários grupos musicais, entre eles, o Jheremmias Não Bate Corner, Jammil e Uma Noites, Alavontê, Papo de Autor e Lê Fulerê. Compositor de sucesso, emplacou sucessos como “Milla”, “Acabou”, “Praieiro”, “Ê Saudade”, “Minha Estrela”, “De Bandeja” e “Dani”, entre outras composições que lhe renderam, por muitos anos, as primeiras posições do ranking elaborado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD).

Reconhecido nacionalmente como um dos maiores compositores baianos, já foi gravado por artistas como Netinho, Jammil, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Biquini Cavadão, Orlando Morais, Saulo, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Claudia Leitte, Cheiro de Amor, Fred Falcão, Marcela Fogaça, entre outros, que tornaram suas músicas conhecidas em todo o país através de suas vozes. Alguns de seus sucessos embalaram a trilha sonora da série Malhação e novelas da Rede Globo.

Manno Góes faz parte do Conselho Fiscal da União Brasileira de Compositores (UBC) e é hoje uma das grandes referências de artistas engajados na defesa dos direitos autorais e do respeito ao autor.  O artista luta incansavelmente para o pagamento de direitos autorais pela prefeitura de Salvador, cidade eleita capital da música pela UNESCO e que mais realiza eventos no país ao longo do ano. A campanha lançada pelo músico, que cobra a quitação do débito, foi abraçada por grandes artistas nacionais, entre eles, Paula Lavigne, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gil, Marisa Monte, Nando Reis, Marina Lima, Djavan, Mart’nália, Maurício Mattar e Diogo Nogueira, entre outros.

“A comenda Dois de Julho é a mais nobre honraria que um baiano pode receber. Uma gentileza carinhosa, proposta por Marcelino Galo – personagem político combativo e necessário, que compreende a importância da cultura na economia e civilidade de um povo. Estou profundamente feliz pelo reconhecimento da luta justa pela dignidade dos autores. Divido essa alegria com todos os compositores que também se engajaram nessa causa, bem como ao Ecad e as sociedades de gestão coletiva, especialmente à Ubc e à organização Procure Saber. A Cidade da Música merece seu título; bem como cada autor dessa cidade movida a arte merece seus recebimentos autorais. Obrigado a todos que nos apoiaram e nos ajudam, a cada dia, a resistir e lutar contra a injustiça, indiferença e descaso. O autor existe!”, celebra Manno Góes.