Margareth Menezes fez um dos shows mais empolgantes de sua carreira, deixando mais três mil pessoas extasiadas na abertura do Mercado Iaô, ontem (20/01), na Fábrica Cultural, na Ribeira. A dona da casa cantou por mais de três horas e recebeu, em belos momentos, os seus convidados especiais Márcia Short e Jaú. Muito emocionada, Margareth festejou a ocupação permanente do espaço de sua ONG Fábrica Cultura e homenageou a mãe Dona Diva, morta no ano passado, que passa dar nome ao palco principal. No próximo domingo (27/01), a cantora recebe Mariene de Castro e o Cortejo Afro no Mercado Iaô, que está recheado de atrações, como gastronomia, artesanato, moda e muitas manifestações culturais.
Margareth começou o show com novidade e fez o público cantar o samba reggae Canto da Massa, música nova de autoria de Pierre Onassis, já nas plataformas digitais. O repertório também reúne as recentes Coisa Milenar, de autoria da cantora com Jorge Portugal, e a solar Todo Mundo Alegre (Peu Meurray, Luizinho do Jênje, Nem Cardoso e Luiz Soares). Na abertura da temporada, na Ribeira, não faltaram sucessos de outros artistas, mas o público foi à loucura mesmo com seus hits Faraó, Elegibô, Dandalunda, Toté de Maianga, Alegria da Cidade, Passe em Casa, Selei, Me Abraça e Me Beija, entre outras.
Desde às 10 horas, o movimento era intenso no Mercado Iaô, que até às 14 horas recebeu o público com entrada franca. Entre compras no Galpão das Artes, que reúne mais de 70 artesões, e no Espaço Gastronômico, que oferece comida baiana, nordestina e quitutes populares, o público se divertiu com uma intensa programação. Na abertura, a Charanga de Seu Léo saiu pela orla da Ribeira arrastando o público para o mercado.
Em frente ao histórico prédio da fábrica, aconteceram as apresentações do grupo Sambadiar, do projeto Primeiro Som da PM e da DJ Bela. O público também prestigiou a Cozinha Musical do ator JorgeWashington, que cozinhou e ensinou sua receita de casquinha de Siri ao som da voz e violão do cantor Dão. O grupo Coletivo Capitães D´Areia levou a poesia para todos os espaços da antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima, que abriga a Fábrica Cultural.