Depois de um Verão agitado, a cantora Margareth Menezes está de volta com o projeto Rebeldia Nordestina 2 – Música Contemporânea, show que reúne compositores e cantores nordestinos que influenciam o panorama da Música Popular Brasileira. Aplaudido na estreia em Fortaleza, agora chegou a vez de São Paulo conferir o show da cantora baiana que reúne no repertório obras da nova geração de compositores, entre eles os baianos Carlinhos Brown, Baiana System e Jorge Portugal, os paraibanos Flávia Venceslau e Chico César, o maranhense Zeca Baleiro e o pernambucano Lenine, além de músicas de sua autoria.
Rebeldia Nordestina 2 fica em cartaz nos dias 12 e 13 de abril, às 21h30, no Sesc Pompeia, em São Paulo. Maiores informações abaixo no serviço.
Muito bem recebido pelo público e pela crítica, o primeiro Rebeldia Nordestina trouxe no repertório composições contemporâneas de artistas da geração 60/70, como Raimundo Fagner, Belchior, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Raul Seixas, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O projeto Rebeldia Nordestina foi pensado e desenvolvido como uma reflexão, afim de promover um passeio pela música nordestina que influenciou a construção da identidade da MPB contemporânea. “Os artistas e compositores que precederam a minha geração tem grande influência no que produzimos hoje, com uma expressão moderna e infinitas formas de falar das questões da vida com autenticidade e ampla visão. E, em muitos aspectos, têm provocados mudanças na linguagem da MPB notadamente, pois depois do movimento Tropicalista todos vieram do Nordeste e aconteceram a partir daí em diante”, explica Margareth.
“A primeira geração fez parte da minha formação, ascenderam em mim como cidadã, como cabeça pensante e como artista, o amor pela força nordestina. Depois, chegaram nos novos “rebeldes nordestinos”, que continuaram a influenciar os nossos jovens com uma música urbana e atual e eu sou um desses”, afirma.
“O estilo AfroPop é que me define – fusão dos comportamentos rítmicos afro brasileiros com as sonoridades pop – e este presente no ambiente da MPB contemporânea há muito tempo, com a influência desses grandes artistas que pude ouvir, cantar e cultuar em minha juventude e que reflete agora quando completo 30 anos de carreira e com certeza o samba reggae faz parte desse estilo”, conta Margareth. “É a vontade de mostrar para o meu público de onde vem as ferramentas que me fazem pensar com mais pertencimento sobre a minha história”, completa.