O Tratamento de Reposição Hormonal (TRH) não tem relação com a incidência do Câncer de Mama. De acordo com o ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, Dr. Luiz Carlos Calmon, essa teoria já foi descartada pelos mais respeitados estudos científicos do setor e a categoria não tem motivos para temer a prescrição do método, assim como as usuárias podem confiar na sua eficácia e segurança.
“As pacientes costumam iniciar a Reposição Hormonal para amenizar os efeitos da menopausa quando estão em idade a partir dos 50 anos, mesmo período em que a incidência do Câncer de Mama é mais comum, por isso há essa equivocada correlação. Por outro lado, quando a doença é identificada, a paciente que faz uso da TRH deve interromper a sua utilização, pois algum dos hormônios utilizados pode interferir no tratamento do câncer.”, esclarece o especialista.
O Câncer de Mama é, atualmente, o tipo mais comum da doença entre as mulheres do Brasil e do mundo, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. A razão da sua incidência, portanto, com fatores de risco diversos como a idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA).
O órgão sinaliza ainda que a idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver a doença. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento são responsáveis por aumentar o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença.