Apesar de o papel da periodização no esporte ser altamente questionável, temos verificado que a variação periódica no treino parece ser uma peça importante para se manter os ganhos de massa muscular de longo prazo. No entanto, a questão é: quando devemos mudar o treino?
Vamos começa o tópico por um trabalho de importantes pesquisadores brasileiros. Nele, homens não treinados seguiram três modelos de treino por 12 semanas: 1) o mesmo treino todo o período, 2) mudança do treino a cada 4 semanas ou 3) mudança do treino todo dia. No caso, as mudança foram nas quantidades de repetições realizadas (iam de 4 a 12). Os resultados revelaram que o treino constante promoveu aumento de 9% no quadríceps, sendo 5% na primeira metade do período e mais 4% na segunda. Já as mudanças mensais promoveram ganhos de 11%, sendo 4,7% na primeira e mais 6,4% na segunda metade. Mudar todo dia levou ao ganho de 12% com aumento de 7,8% na primeira metade e mais 3,7% na segunda. Sendo que as mudanças na segunda metade do estudo só foram significativas para os grupos que mudavam o treino.
Interessantemente, vários estudos mostram que os ganhos de massa muscular são reduzidos, ou mesmo interrompidos entre a 3 e 6 semana de treino (Farup et al., 2015, Barone et al., 2014), o que sugere que esse seria um período crítico para mudar o treino.
Portanto, a sugestão de longo prazo é que, a cada 4-6 semanas você busque um estímulo novo, mude entre tensional ou metabólico, varie a frequência semanal, margem de repetições, velocidade.