SKO. É assim, sem o “L”, que o consumidor de SKOL vai ler o nome da marca nas suas redes sociais em junho. A “perda” de uma letra pode soar como um ato simples, mas vai além de uma mera mudança de design. Patrocinadora da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo pelo terceiro ano seguido, a cerveja vai doar a letra que fecha seu nome e que inicia a sigla, para chamar atenção para a importância das diversas comunidades e também dos aliados à causa.
Para amplificar essa conversa, SKOL convidou outras marcas, que também acreditam na construção de uma sociedade que valoriza o respeito, a igualmente doar parte de seus nomes para a causa. Juntas elas formarão a sigla LGBTQ+. Burger King com o “G”, Bis com o “B”, Trident com o “T” e quem disse, berenice?, com o “Q” são as primeiras parceiras nesta ação que não é apenas simbólica: todas as marcas aliadas farão doações reais a quatro instituições que fazem a diferença e ajudam de fato na luta pelos direitos LGBTQ+, como Casinha, Todxs e os coletivos Não Desculpo e Transformação.
Outras #MarcasAliadas que também quiserem doar para essas instituições e se tornarem parceiras desse movimento podem procurar SKOL pelo site www.marcasaliadas.com.br ou nas páginas da cerveja no Twitter ou Facebook até o dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT. Não há um limite para marcas que queiram se aliar: quanto mais empresas se juntarem, melhor. Ao fim da campanha, todo o valor arrecadado pelos aliados será dividido entre as quatro instituições parceiras.
A iniciativa nasceu em junho de 2017, quando SKOL celebrou o Dia do Orgulho LGBT com o filme “Mãos”, um convite para que todas as pessoas que tem um compromisso com a bandeira do respeito também vistam essa camisa e se tornem aliadas à causa. Agora, com a campanha #MarcasAliadas, a intenção é dar ainda mais voz a esse movimento que enfrenta desafios diários para superar o preconceito na sociedade.
Em 2017, SKOL e o IBOPE Inteligência realizaram a pesquisa SKOL Diálogos, um retrato minucioso sobre os principais tipos de discriminação que infelizmente ainda existem no Brasil: racismo, machismo, homofobia e gordofobia. O estudo apontou que, entre os brasileiros que se declararam preconceituosos, a homofobia é a mais citada: 29%. O dado reforça a importância dos aliados na luta contra o preconceito.
Outra pesquisa, esta realizada pelo Observatório de Turismo e Eventos, núcleo de estudos e inteligência de mercado da São Paulo Turismo, apontou que quase 20% do público que frequenta a Parada LGBT da cidade é formado por heterossexuais. Eles são aliados à causa e ajudam a transmitir a importância da empatia pelas pessoas LGBT.
Em 2017, a Skol doou parte das vendas de suas latas na Parada para a Casa 1, um espaço de abrigo e cultura LGBT que se tornou símbolo de resistência e de luta pe
la causa em São Paulo. A entidade serve de moradia para pessoas LGBT que foram expulsas de casa em decorrência de sua orientação sexual ou identidade de gênero e também de ponto de encontro para palestras, aulas de línguas e outras ações para ampliarem as opções da população LGBT em situação vulnerável, e esse ano, por indicação do projeto, SKOLl vai ajudar a Casinha, projeto irmão e parceiro da Casa 1 que está começando seus trabalhos no Rio de Janeiro.
Para Iran Giusti, fundador da Casa 1, essa visão de auxiliar outros projetos em outras cidades é muito importante. “A doação de 2017 permitiu que o projeto seguisse em pé em 2018, com o aluguel do Galpão Casa 1, onde ocorrem todas as atividades de formação e socioeducativas. E, assim como nós, muitos outros precisam desse auxilio. Para realizar as mudanças estruturais que grupos minorizados lutam é preciso ter essa visão que a marca teve de expandir, fazer parcerias e estar atenda a novos projetos”, disse Iran.
Lucas Melo, 27, é organizador institucional da Casinha e acredita que o apoio recebido neste ano vai viabilizar o aluguel de um espaço físico no centro do Rio que ajude pessoas LGBT em vulnerabilidade. Hoje, a Casinha funciona como um espaço virtual para encaminhamento de demandas dessa população para parceiros e apoiadores e recebe entre 10 e 20 mensagens por mês de pessoas que buscam auxílio em empregabilidade, saúde, cidadania e educação. “Queremos ser no Rio o que a Casa 1 é em São Paulo. Somos os irmãos mais novos deles e essa parceria com marcas vai agilizar o que já estamos buscando há quase um ano”, disse.
“SKOL quer motivar cada um dos nossos consumidores ou aqueles que são impactados por nossas mensagens a também ser um aliado nessa causa tão importante. Acreditamos que um grande e constante movimento de conscientização envolvendo agentes capazes de influenciar pessoas e empresas ajuda a sociedade a evoluir em um caminho de valorização do respeito a todas as pessoas”, disse Maria Fernanda Albuquerque, diretora de marketing de SKOL.
Neste ano, Burger King, Bis, Trident e quem disse, Berenice?, marcas que também se empenham na luta pelo respeito e pelos direitos iguais a todos e todas, se comprometeram a reunir doações em prol das ONGs parceiras.
“Diversidade tem tudo a ver com a gente. Essa é uma causa que o BK abraça sempre em relação aos seus consumidores. E agora, com essa iniciativa da SKOL temos a oportunidade de estar junto a diferentes empresas para atingir um objetivo maior. Acreditamos que isso pode servir de inspiração para as pessoas. E o fato de tudo isso acontecer no momento da Parada do orgulho LGBT, que o BK está apoiando, parece uma combinação perfeita”, disse Thais Souza Nicolau, gerente de Comunicação do Burger King.
“Recebemos esse convite especial e aceitamos logo de cara, afinal BIS é feito para dividir momentos de alegria e acredita que todos devemos aproveitá-los como e com quem quisermos: seja com amigxs, família ou namordxs” afirma Fabio Melo, Diretor de Chocolates para Mondelez Brasil.
“Trident é democrático em sua essência e nosso produto vive nos bolsos dos consumidores brasileiros. Quando recebemos o convite para participar dessa ação tão icônica, nossa resposta não poderia ser outra além de aceitar. Por ser uma marca tão presente no dia a dia das pessoas, entendemos que não poderíamos ficar fora de um momento tão importante para a sociedade”, disse Renata Vieira, Diretora de Balas e Gomas para Mondelez Brazil.
“quem disse, berenice? sempre acreditou que cada um tem a liberdade de questionar as regras para encontrar sua própria verdade. Ao emprestar nosso ‘quê’, de queer, para a causa LGBTQ+ estamos contribuindo pra empoderar, em uma só voz, todos que buscam o amor, o respeito e a liberdade pra ser você mesmo, livre de qualquer rótulo” comenta Álvaro Garcia, diretor da marca quem disse, berenice?.
Outra instituição que receberá o apoio das #MarcasAliadas é a startup social sem fins lucrativos Todxs. Com 90 membros espalhados pelo país, a organização tem o compromisso de combater a LGBTIfobia no Brasil por meio da tecnologia e inovação. Uma das suas iniciativas, o TODXS App, mapeia atos de cunho LGBTIfóbico no Brasil – possibilitando que o usuário registre a sua denúncia, informe-se sobre seus direitos e leis de proteção LGBTI+ no país, e também descubra organizações de apoio na sua região. O aplicativo está ligado ao Ministério de Transparência e Controladoria Geral da União e auxilia na construção de uma rede que ajuda a criar melhores políticas públicas para o Brasil.
“Em 2016, eu e mais três amigos soubemos de um ato de discriminação com um conhecido em Fortaleza e ficamos sem palavras quando soubemos que ele não tinha a quem recorrer. Iniciamos ali a ideia de criar algo que fosse de fato ajudar na proteção de pessoas LGBTI+. Iniciamos como um app, mas hoje fomos muito além, criando projetos que vão de pesquisas a nível nacional usando machine learning até programas de liderança LGBTI+ e plataformas de inclusão e retenção de pessoas trans em escolas brasileiras”, disse Willian Mallmann, de 22 anos, cofundador e diretor executivo da startup.
O Coletivo Não Desculpo, grupo de lésbicas que lutam contra os estigmas, estereótipos, discriminação e preconceito contra mulheres lésbicas ou bissexuais também receberão o apoio pela primeira vez. “Estamos buscando ampliar a perspectiva de como falar das coisas que nos afligem e uma das nossas vontades é levar o debate também à periferia porque entendemos que a nossa sexualidade, enquanto mulheres lésbicas e bissexuais é fetichizada, infantilizada e invisibilizada. Precisamos ampliar esse diálogo, já que nos fazer ouvir pode ser o início do rompimento do ciclo de violência, na qual muitas mulheres estão subjugadas”, afirma Paula Morais, uma das quatro mulheres à frente do coletivo.
A quarta ONG que será beneficiada é o Coletivo Tranformação, composta por alunos e professores do Cursinho Popular Transformação, um curso preparatório para pessoas trans prestarem o ENEM. O projeto promove educação e cultura para pessoas transgêneras, travestis e não binárias em aulas no centro de São Paulo e teve três alunos aprovados no vestibular em 2017. Hoje atende 18 pessoas. A ajuda das marcas aliadas vai expandir essa capacidade. “Hoje temos professores voluntários e com algumas doações conseguimos transporte e alimentação para os alunos. Essa parceria nos ajudará a atingir mais pessoas e isso é o mais importante para nós”, disse Lucy Lazuli, coordenadora do Transarau e aluna do cursinho.
Para o doutorando em diversidade pela USP e consultor de SKOL, Ricardo Sales, as marcas têm um poder mobilizador e ter empatia por essa causa é muito importante. “Quando nos sensibilizamos pelas vítimas de crimes motivados por LGBTfobia, podemos e devemos nos tornar aliados na luta contra o preconceito. Isso nos ajuda a refletir sobre os direitos básicos que os LGBT não têm, o que passa por questões de cidadania até outras mais simples, como andar de mãos dadas na rua com sua namorada, seu marido”, disse ele.
A ação #MarcasAliadas é uma criação da agência F Nazca Saatchi & Saatchi.