Babbie Becatini se formou em Arquitetura e Urbanismo pela Unifacs em 2016. Durante e após a sua formação trabalhou em alguns escritórios de Salvador, como Sidney Quintela, José Marcelino, Urban e Elizza Valente, estudou na Universidad Europea de Madrid e fez diversos cursos específicos em arquitetura, que agregaram bastante conhecimento e inúmeras experiências profissionais.

A linha guia do projeto é a adaptabilidade à diversos fluxos e programas artísticos com mobiliários soltos possibilitando diferentes layouts a cada evento, personalizando o espaço de acordo com o setting em questão, sendo assim “Meu Camarim”. Um grande pórtico com lâmpadas pendentes sobre um jogo de espelhos, traz uma releitura do que propriamente se popularizou como camarim. Cores fortes materializam sensações que o espaço demanda: Ocre, cor terrosa fácil de ser encontrada nas paisagens naturais, traz segurança, força, poder; Tom de vinho, estimula concentração, criatividade e tranquilidade; Verde, cor da natureza viva, acalma, traz harmonia e boas energias. Agregando sustentabilidade e solução econômica, interrompemos o pé direito duplo com uma trama de fios naturais de cordas de sisal. Esculturas feitas em barro – arte milenar – ganham destaques na parede. O lambe-lambe, ícone publicitário do século 19, foi usado como artigo decorativo que dialoga com a responsabilidade social, por se tratar de um veículo de comunicação sustentável – cola natural de farinha – de rápida disseminação e com baixo custo. Parte do memorial artístico, traz figurino de carnaval, um explosão de brasilidade.

“Muito mais que uma mostra de Decoração e Arquitetura, o Morar mais por menos faz parte de um projeto sustentável pautado pela responsabilidade social. A começar pelo espaço que foi escolhido para receber o evento – a ONG Hora da Criança – organização social que educa crianças e jovens através da arte! – fundada há 75 anos por Adroaldo Costa”. Como não se envolver com esse propósito cheio de amor?!

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