A trajetória de solidariedade e prestação de serviços da Santa Casa de Misericórdia da Bahia se confunde com a história de Salvador. Tanto a capital baiana quanto a instituição completam 470 anos em 2019. Pontos até então pouco conhecidos dessa relação estão contados no livro “Uma História da Santa Casa da Bahia – 1549-2019”, escrito pelo jornalista e pesquisador Nelson Cadena. O lançamento para convidados acontecerá no dia 20 de fevereiro, a partir das 18h, no Museu da Misericórdia.
Ao longo de 340 páginas, Cadena narra fatos históricos da Santa Casa. O livro aborda a participação da instituição no processo de formação da sociedade soteropolitana e seus principais feitos através dos séculos, até os dias atuais, ao abordar a estrutura de funcionamento e as realizações da Santa Casa na contemporaneidade. Sete fotos de Pierre Verger compõem o conjunto de imagens que ilustram a publicação.
Segundo o provedor da Santa Casa da Bahia, Roberto Sá Menezes, o lançamento do livro é o marco inicial das comemorações pelos 470 anos da entidade. “Nada melhor do que começarmos os festejos da data apresentando à sociedade novos registros da nossa trajetória e sua relação com os múltiplos contextos da história de Salvador”, afirma.
Com recortes que explanam como a Santa Casa se tornou exemplo de filantropia e pioneirismo na Bahia, a publicação se divide em 14 capítulos. Entre as curiosidades apresentadas, estão fatos inéditos sobre as crianças abandonadas na Roda dos Expostos e práticas médicas do Hospital da Caridade, primeira unidade de saúde do Estado.
O livro ainda descreve, pela primeira vez, a visita de D. Pedro II à Santa Casa, a partir de informações levantadas no diário do próprio imperador, e apresenta a relação completa dos Irmãos da Santa Casa da Bahia ao longo de 470 anos, por meio de um arquivo em QR Code. A obra ainda aborda personalidades históricas que trabalharam como funcionários da Santa Casa, como Amélia Rodrigues, Juliano Moreira, Ruy Barbosa e Aristides Maltez.
“Mergulhar na história da Santa Casa é uma viagem fascinante no tempo”, afirma Nelson Cadena, depois de um ano e meio de pesquisa, que reuniu informações de 1.800 manuscritos e mais de 8 mil documentos oficiais. “O grande diferencial do livro é que a maior parte do seu conteúdo foi desenvolvido a partir de fontes primárias do próprio arquivo histórico da Santa Casa, o Centro de Memória Jorge Calmon”, completa o autor.
O livro estará à venda para o grande público a partir do dia 21 de fevereiro, no Museu da Misericórdia.