O dia 12 de maio está marcado mundialmente como Dia da Enfermagem e do Enfermeiro. A data pensada em homenagem à Florence Nightingale, considerada mãe da enfermagem moderna, nos últimos anos, ganha também um novo significado em homenagem aos diversos profissionais da enfermagem que há mais de um ano enfrentam na linha de frente, a covid-19.

Tendo como uma de suas funções principais o cuidado com o paciente, segundo a professora de Enfermagem da UNIFACS, Geanne Barreto, se em dias normais o trabalho desse profissional já era importante, durante o tratamento da covid-19, em que há uma necessidade de isolamento dos entes queridos, virou ainda mais: “Toda prescrição é feita pelo médico, mas o cuidado é feito pelo enfermeiro”, explica.

A enfermeira chama atenção aos dados, já que, diante do trabalho, são profissionais que se encontram diretamente expostos. Apenas na Bahia, foram notificados casos de 6476 enfermeiros que contraíram a covid-19, tendo 19 chegado a óbito. No Brasil, o número cresce para 55.310 profissionais, com 778 óbitos.

Entretanto, não é apenas na assistência ao paciente que atua o enfermeiro, mas também na gestão, “essa é a parte singular da profissão, que destaca o profissional da enfermagem”, explica a enfermeira e professora. “O que temos em comum com as demais profissões da saúde é o cuidado e auxílio com o paciente, e o que nos singulariza é a questão organizacional, o enfermeiro é o único profissional que sai capacitado para liderar equipes e unidades de saúde”, completa.

Mas a enfermeira ressalta que a organização e o cuidado com o paciente precisam caminhar juntos, “Hoje, para o profissional de enfermagem se abriu um leque de oportunidades, podendo atuar até em áreas como estética, auditoria, e apesar das condições de trabalho e de ainda seguir lutando para termos nossos direitos garantidos, não importa a área que atuamos, seguimos trabalhando para garantir que as pessoas que chegam até nós sejam bem atendidas e cuidadas”.