Fotografia, origami, pintura, bordado, escultura, cerâmica, artesanato, desenho e aquarela compõem a exposição ANTONIOS – um tributo a Santo Antônio, que estreia no próximo dia 1 de junho, a partir das 19h, no ME Ateliê da Fotografia – Ladeira do Boqueirão número 6, Santo Antônio Além do Carmo.

Reunindo 68 obras e 65 artistas nacionais e internacionais, entre eles Bob Wolfenson, Leonel Mattos, Mário Edson, Marco Brotto, Sérgio Amorim, Aristides Alves e Hilda Salomão, a exposição é uma homenagem ao santo mais querido do Brasil, reforçando a cultura da montagem de altares, a realização de trezenas e a importância da manutenção destas manifestações, sejam elas religiosas, artísticas ou culturais.

Gratuito, aberto ao público e seguindo o “Protocolo Setorial” da Prefeitura de Salvador, o ateliê funcionará com 30% da capacidade máxima para visitações simultâneas. Após a aferição de temperatura, o visitante pode explorar o vernissage, mantendo o distanciamento social de 1,5m, com a permanência de até 1h sob utilização de máscara protetora durante toda a exposição. A higienização do local é feita antes e após o encerramento do horário de visita.

Influenciado pelo ser humano Fernando, o Santo Antônio, e as suas pregações de amor entre as pessoas, amor pela natureza, empatia e cuidado com o próximo, ANTÔNIOS revela um ser contemporâneo, uma figura que dialoga facilmente com as grandes personalidades e que muito tem feito pela humanidade.

Como inspiração criativa e conceitual, os artistas aprenderam mais sobre o santo e sua história de vida, através do livro Santo Antônio, do biografo Edison Veiga – jornalista paulista, com residência atual na Eslovênia, onde ele retrata a história do intelectual português que se chamava Fernando, quase morreu na África, pregou por toda a Itália, ganhou fama de casamenteiro e se tornou o santo mais querido do Brasil.

“O projeto ultrapassou o viés religioso e ganhou proporções surpreendentes, onde as obras criadas mediante pesquisas e estudos, inspiraram os artistas na composição de narrativas humanas, amorosas, políticas e sobretudo de uma empatia espetacular. A história de vida de Santo Antônio ultrapassa os muros da igreja e os dogmas da religião católica, se revelando de uma grandeza sem precedentes”, revela Mário Edson, curador e idealizador na exposição.

Desvendando o sermão atual e discurso em prol de um mundo mais harmonioso, de paz amor e senso de justiça universal, a vida de Santo Antônio precisava ser homenageada no Santo Antônio Além do Carmo, bairro bucólico que guarda características bastante singulares e manifestações seculares, a exemplo do 2 de julho, montagem de presépios e altares de Santo Antônio, bem como as frequentes procissões.

“São manifestações populares que agregam valor ao espaço geográfico, fazem uma ponte entre seus moradores e a população, e são motivos de congraçamento e demonstrações de devoção e fé, em meio a um resgate histórico de cunho político (não partidário) e religioso, agregando valor e preservação da identidade cultural, riqueza maior de um povo e seu entorno”, conclui Mário Edson.