Esta semana, de 25 a 28 de março, sempre às 19h, o Núcleo Viladança exibe, através do youtube www.youtube.com/NúcleoViladança, quatro espetáculos do seu repertório, com direção da coreógrafa Cristina Castro. São eles: “Tirania das Cores/ VILADANÇA em Residência #02” (quinta), “José ULISSES da Silva” (sexta), “MUVUCA” (sábado) e “Da Ponta da Língua à Ponta do Pé” (domingo). As montagens formam um painel diverso de técnicas, pesquisas, cruzamentos de linguagens e processos de criação do Núcleo, que vêm se desenvolvendo desde a sua fundação, em 1998.

A programação do projeto Viladança Virtual inclui, entre diversas outras atividades, o lançamento de um ambiente virtual que irá organizar e disponibilizar, gratuitamente, toda a memória de mais de duas décadas de produção do Núcleo Viladança, através da catalogação, digitalização e recuperação de arquivos, vídeos dos espetáculos, textos, fotos, clipagens, material gráfico, registros de turnês no Brasil e no exterior, co-produções internacionais, editais e premiações. A programação completa pode ser acompanhada nas redes sociais do Núcleo Viladança (facebook e instagram).

Projeto contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundo da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.


Confira abaixo a programação completa de exibição dos espetáculos:

“Tirania das Cores/ VILADANÇA em Residência #02” – dia 25/03 (quinta), às 19h.

“Tirania das Cores” é uma viagem cromática dançada, na qual se põe em evidência a influência que as cores têm e sempre tiveram em nossas vidas. Cores que muitas vezes serviram para unir, mas que em muitas outras foram usadas para dividir e semear o ódio. Cores com as quais se pintam as bandeiras que nos diferenciam dos nossos vizinhos. Cores que são divinizadas ou satanizadas como o branco e o preto. Cores como o vermelho do sangue, que nos lembram que por dentro somos todos iguais. Cores que, afinal de contas, nos sirvam de pretexto para falar de “pessoas”.

“José ULISSES da Silva” – dia 26/03 (sexta), às 19h.

O espetáculo de dança “José ULISSES da Silva” se inspira nas aventuras mitológicas do grego Ulisses, herói da guerra de Tróia que vagou dez anos pelos mares em seu retorno para casa. O coreografia nasceu na rua, em um cenário onde o movimento da construção e desconstrução é gerado pela competitiva corrida em busca da “democrática”, “moderna” e “melhor” ocupação espacial. A elaboração do roteiro coreográfico ficou a cargo de um olhar curioso sobre a energia gerada das relações e comportamento das pessoas diante da instabilidade urbana. Muitas histórias foram contadas, algumas presenciadas, outras somente creditadas como verdades, e, assim como nos mitos, foram achados heróis, monstros e deuses.

“MUVUCA” – dia 27/03 (sábado), às 19h.

“Muvuca” é uma pesquisa sobre a diversidade, num contexto intercultural e hiperconectado. O espetáculo passeia pelos sentimentos humanos de pertencimento, de disputa e de troca através do uso da movimentação e dos deslocamentos, com um forte trabalho de investigação dramatúrgica e musical. A coreografia, assinada pela diretora Cristina Castro, explora as ideias de atração e repulsão, disputa e partilha, típicas dos encontros entre culturas. Construídos tendo como base cinco “blocos”, organizados como pequenos contos, os movimentos foram inspirados em sentimentos despertados por cores: além dos tons primários – azul, amarelo e vermelho –, o branco e o preto. A tecnologia é parte intrínseca do espetáculo, com projeções em vídeo marcando toda a montagem.

“Da Ponta da Língua à Ponta do Pé” – dia 28/03 (domingo), às 19h.

“Da Ponta da Língua à Ponta do Pé” é um musical que conta a história de Zé, um garoto que faz de tudo para conquistar o amor da bailarina Isadora, numa aventura que o leva a desvendar e se apaixonar pelo mundo da Dança. Com a ajuda de uma professora, ele viaja desde a Pré-História até os palcos contemporâneos, passando pelas mudanças provocadas pelo trabalho de Isadora Duncan e pelo estabelecimento da Dança como profissão, com várias áreas de atuação. O espetáculo é resultado da pesquisa coreográfica da diretora Cristina Castro e surgiu da intenção de trazer ao público jovem uma introdução ao conhecimento sobre a dança enquanto arte e atividade profissional. A montagem se desenvolve a partir de uma narrativa de comédia romântica.