Cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva sofrem com a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), doença endócrina caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos que eleva o risco de problemas como resistência à insulina, diabetes tipo 2, câncer e infertilidade. De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome é um distúrbio hormonal que provoca formação de cistos nos ovários, o que fazem com que eles aumentem de tamanho e provoquem alterações no metabolismo da mulher. As ginecologistas e sócias da Clínica EMEG Ana Cristina Batalha, Cristina Sá e Ticiana Cabral explicam que o problema atinge, principalmente, mulheres em idade reprodutiva e se caracteriza pela menstruação irregular, alta produção de testosterona e presença de microcistos nos ovários.

“É importante destacar que ter ovários policísticos não é sinônimo de sofrer com a síndrome do ovário policístico e seus sintomas”, comenta Ticiana Cabral. “Aproximadamente 20% das mulheres que chegam ao consultório ginecológico para fazer o ultrassom apresentam cistos no ovário. No entanto, a síndrome só é diagnosticada quando ocorre o aumento dos hormônios masculinos no corpo da mulher associado ao aumento da resistência insulínica e menstruação irregular”.