Além de ser uma das fases mais importantes na vida de uma mulher, a maternidade também é a que requer mais cuidados e precaução, principalmente em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus. “Estar emocionalmente preparada para o parto é o ponto principal. A mente ordena e o corpo obedece. O parto requer entrega e confiança”, afirma a doula, educadora perinatal, hipnoterapeuta e thetahealer Jucy Cordeiro.

As grávidas e puérperas estão no grupo de risco da pandemia, por serem mais suscetíveis às complicações da Covid-19. Com as reduções nas consultas pré-natais e as restrições de acesso das doulas às salas de parto, a preparação da gestante se tornou fundamental. “O enfoque principal é uma preparação integrada da mente com o corpo, quando além de passar informações sobre a fisiologia, trabalho também os medos, anseios e desejos, sempre com o uso de ferramentas que a futura mamãe poderá aplicar sozinha”, explica a especialista, que utiliza algumas ferramentas. “A principal delas é a hipnose para a preparação mental, além dos exercícios de respiração, atenção plena, spinning baby, thetahealing, reiki e florais”.

O atendimento de preparação para o parto é distribuído em cinco encontros, nos quais são tratados temas como fisiologia do parto, as vontades e receios da futura mãe, além do trabalho de corpo e mente para que no grande dia esteja calma e confiante para que possa se entregar ao momento. Com as restrições de aproximação, Jucy adaptou este atendimento, utilizando aplicativos como o Zoom e chamada de vídeo do Whatsapp. “Também gravo áudios e vídeo para as práticas de hipnose”, revela a especialista, que lança mão do método para alívio da dor. “Entre os benefícios da utilização da hipnose podemos ressaltar mais conforto, menos pedidos de analgesia e menor tempo de trabalho de parto”.

Todo esse cuidado tem um motivo. Como as doulas não estão podendo acompanhar as gestantes durante o parto, é preciso deixa-las prontas para o momento certo. “A estratégia tem sido ficar o máximo de tempo em casa e ir para a maternidade o mais próximo possível do nascimento. A parceria com as enfermeiras obstetras também têm sido essencial, já que na fase ativa é necessário o monitoramento da mãe e do bebê”, destaca.