O teste do pezinho é um ato de amor que todas as mães devem ter com seus filhos, de preferência, logo na primeira semana de vida. Em tempos normais esta coleta é realizada preferencialmente do 1º ao 5º dia nas unidades de saúde dos municípios, e em alguns casos que permanecem mais tampo internados, deve ser colhido na maternidade. Neste tempo de pandemia, para garantir a coleta que poderia deixar de ser realizada por medo das mães no contagio do corona vírus, a Apae Salvador, que é o Serviço de Referência da Triagem Neonatal no Estado da Bahia, vem orientando e recomendando a coleta nas maternidades, assim que o recém-nascido tiver a alta médica. O Ministério da Saúde e a SESAB lançaram documentos oficiais com esta orientação.

“O teste do pezinho continua o mesmo. Essa medida é apenas para segurança, para que as pessoas não deixem de fazer um exame tão importante por medo de sair de casa”, alerta a médica geneticista Helena Pimentel, diretora médica da Apae Salvador. Mais de cem unidades hospitalares e maternidades vem sendo orientadas a fazer o teste do pezinho nesse momento excepcionalmente.

O período ideal para se fazer o teste do pezinho é entre o terceiro e o sétimo dia após o nascimento. Esta ação excepcional deve ser seguida de alguns cuidados. Os recém-nascidos que tiverem alta antes do período de 48h devem fazer a coleta, mas recomenda-se uma nova coleta após 1 semana, quando tiver que ir a um posto, vacinar por exemplo. Esta recomendação se deve a um dos exames do teste do pezinho, o exame fenilcetonúria. Para o teste de fenilcetonúria o ideal é colher o sangue a partir do 3º dia. Coletas antes de 48hs de vida pode resultar um falso negativo para esta doença. Para as outras doenças não há problema da coleta antes das 48hs. “O importante mesmo é que o exame não deixe de ser feito, como estávamos constatando, mesmo antes da pandemia”, ressalta a médica.