Um dos poetas e repentistas mais celebrados da nova geração, Bráulio Bessa nos inspirou com esse poema do ano passado, mas sempre atual, importantíssimo na data que vem de celebração à todas as mães do mundo:

Figura da Mãe.

Mãe, ela tem o poder de carregar, toneladas de amor e de ternura, uma infinidade de bravura e uma luz que jamais vai se apagar, pois seu brilho é capaz de iluminar o caminho em que vamos percorrer, se arrisca só pra nos proteger, não importa por onde a gente for, nas três letras de mãe tem tanto amor, que não há quem consiga descrever…

o que ela consegue me ensinar, não há curso ou escola que consiga, a maior professora e grande amiga com bilhões de conselhos pra lhe dar, uma fonte impossível de secar, do mais puro e genuíno saber, já vi mãe que nem aprendeu a ler mas consegue dar aula a um doutor, nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever…

tem o dom de somar pra expandir a fartura que alegra o coração, mas se acaso for pouco o nosso pão entra em cena seu dom de repartir, uma mestra capaz de dividir uma gota de água pra beber, um grãozinho de arroz pra comer, nessa hora é que o pouco tem sabor, nas três letras de mãe tem tanto amor, que não há quem consiga descrever…

sei, meu povo, sei que a alma da mãe é uma janela que não tem cadeado nem ferrolho, basta olhar lá no fundo do seu olho que a gente atravessa e entra nela, nessa hora tanta coisa se revela, fica tudo mais fácil de entender, que até mesmo antes de nascer você já tinha um anjo protetor, nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever…

enfim mãe, há se Deus desse a mãe há eternidade, há se houvesse um farelo de esperança, mas o hoje jaja vira lembrança, e a lembrança jaja vira saudade, o relógio em alta velocidade deixa claro que não vai retroceder, não espere sofrer pra perceber, não espere perder pra dar valor, por que nas três letras de mãe tem tanto amor, que não há quem consiga descrever.

Bráulio Bessa