Aproximadamente 10,7 milhões de brasileiros têm deficiência auditiva e, desse grupo, 2,3 milhões apresentam surdez severa. Por se tratar de um problema que pode piorar com o aumento da idade e a população no Brasil está em processo de envelhecimento, especialistas apontam para uma tendência de aumento dos números atuais nos próximos anos. O debate sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade ganha maior destaque nesta semana: o próximo sábado (26) é o Dia Nacional dos Surdos.

Nos países desenvolvidos, mais de 50% da surdez na infância é atribuída à causa genética conhecida. Nos idosos, apesar das causas envolvidas serem multifatoriais, a predisposição individual envolve mecanismos genéticos e fatores hereditários. Isso é o que explica a Drª Adja Oliveira, otorrinolaringologista da Singular Medicina de Precisão – empresa baiana de saúde que atua com Medicina de Precisão em todo o território nacional. “O estudo da genética pode auxiliar na identificação das alterações genéticas e, no futuro, direcionar para um tratamento mais individualizado, inclusive com perspectivas para prevenção”, explica.

De acordo com a médica, as lesões sensorioneurais levam ao tipo mais comum de surdez. A degeneração das células auditivas pode ocorrer pela idade, exposição a barulhos ou doenças circulatórias e metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes. Adja conta que estudos recentes colaboram com o entendimento de que as alterações genéticas são as principais envolvidas nesse processo, inclusive com a predisposição individual à perda auditiva pela idade.