A peça estreou em Buenos Aires em 2014 e traz para a cena os conflitos de Federico, vivido por Vinicius Bustani, um rapaz inconformado com término de seu namoro com outro rapaz, interpretado por Igor Epifânio. Além disso, Federico tem uma amiga e confidente que o ajuda a recompor um painel de emoções, que é vivida por Paula Lice. “Lembranças, criações da imaginação e abandono se alinham para criar um retrato fragmentado e não-linear da vida afetiva desse jovem contemporâneo e urbano”, explica Celso.

O texto é centrado em Federico, que está abalado pelo fim de um  relacionamento, mas continua obcecado pelo ex-namorado a ponto de contratar um detetive particular para o investigar. O ex surge, então, como uma representação da memória e fruto da imaginação dele. Já a amiga é uma confidente e também uma espécie de consciência expandida da personagem principal.

“‘A persistência das últimas coisas’ tem uma poética e temática interessantes, trata de assuntos absolutamente universais como o amor e a sua perda”, aponta o diretor. “Me interessa também a tomada de consciência da personagem que percebe que o fracasso amoroso é uma representação da sua mortalidade: terminar um relacionamento é morrer um pouco, é se aproximar do fim”, completa.

“Assisti à montagem original, no pequeno Teatro Vera Vera, em Buenos Aires, em 2014, sob a direção do próprio Juan e fiquei bastante entusiasmado com o texto”, lembra Celso. Ele conta que assim que chegou ao hotel na capital da Argentina, entrou em contato com Juan pedindo para usar o texto no repertório de estudos sobre dramaturgia contemporânea. Foi aí que surgiu o desejo de montar. “Li a peça em espanhol e comecei a pensar numa possível montagem brasileira”, afirma.

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SERVIÇO

O quê: espetáculo A persistência das últimas coisas

Onde: Teatro Vila Velha

Quando: de 18 (sábado) e 19 (domingo) de novembro e de 23 a 26 de de novembro (quinta a domingo)

Horários: quinta, sexta e sábado às 20h  e domingo  às 19h

Duração: 70 min

Classificação etária: 18 anos