Durante o ano 2020, a violonista e cantora carioca Luísa Lacerda deu início à gravação de seu primeiro projeto solo voz e violão no qual buscou, não apenas, destacar suas performances vocais e de instrumentista, assim como reduzir, em termos operacionais, os riscos de ensaios e gravações com banda, por conta do isolamento social requerido pela pandemia do COVID-19. Nasce assim, o EP “Zigue-Zague”, seu álbum solo de estreia com cinco músicas, que chega em fevereiro nas plataformas digitais. Batizado com o título de uma canção do repertório – e que, de certa forma, encerra a ideia dos desvios necessários para a superação das dificuldades da caminhada – o disco joga luz sobre onze novos compositores, confirmando esse compromisso da artista através de um repertório que aponta caminhos e abre espaços para a renovação da música brasileira.

“Já fazia tempo que queria gravar meu trabalho solo, mas meus projetos em parceria sempre foram acontecendo tão naturalmente e com tamanho entusiasmo, que acabei adiando este plano”, explica a artista que já gravou álbuns em parceria com o compositor e violonista Miguel Rabello (“Meia Volta”, 2017), com a violoncelista Maria Clara Valle (“Beira do Mundo”, 2019), com o compositor e violonista Renato Frazão (“Cantiga do Breu”, 2019) e, seu mais recente, com o compositor e violonista Giovanni Iasi, o CD “Nó”, cujo lançamento em 2020 foi bastante afetado pela pandemia, passando desapercebido do grande público. “Por conta da pandemia, que teve início em março do ano passado, acabei me concentrando no meu repertório solo e dando início às gravações de cinco canções – pretendo guardar a maioria do repertório para gravações futuras com mais participações e aglomerações, comenta. Com uma única participação – do violonista Lucas Gralato na faixa título do EP – “Zigue Zague” é, segundo Luísa, “meu trabalho de intérprete mais completo como cantora, violonista e arranjadora…e segue no caminho dos meus trabalhos anteriores no que diz respeito a apresentação de novos compositores do nosso rico cenário musical.

Vale ressaltar que, em 2020, a artista participou de várias lives, além de ter realizado shows online para o SESC Santana, o SESC Rio e o CCBB, sendo este último parte do Projeto “Guinga e as Vozes femininas”. Também foi contemplada pelo Edital do Prêmio Funarte 2020 e pelo Prêmio Piraí Excelência Cultural.