O ano do Sol em Leão prometia ser mais leve, trazer mais vitalidade e leveza. Mas, de acordo com o Astrólogo do Astrocentro, Brendan Orin, se analisarmos todo o céu de 2020 e não apenas o signo solar, fica evidente as dificuldades deste ano. “2020 nunca poderia ser um ano fácil, pois começamos com uma conjunção bem poderosa e específica de Júpiter, Saturno e Plutão no signo de Capricórnio. Saturno é aquele que cobra as mudanças, o que deve acontecer com o amadurecer do momento; Plutão fala sobre transformações que saem do nosso controle, como a morte, o desemprego e Júpiter, por sua vez, amplifica o poder de tudo o que toca, aumentando o peso dos dois outros planetas e conferindo a isso tudo um tom de esperança e fé”, pontua.

Embora algumas pessoas tenham sentido as boas vibrações de 2020 e em meio ao caos, passaram aproveitar mais os momentos em casa ao lado da família e começaram a dar valor a coisas que antes passavam despercebidas, a mística e espiritualista Kélida explica. “Tudo que está acontecendo ao redor do mundo não é nada mais do que a Lei de ação e reação”.

Muitos tendem a separar ciência da espiritualidade e isso é impossível. Ninguém consegue colher frutos de uma árvore derrubada, beber água limpa de uma nascente morta, cheia de lixo. “É impossível almejar pela paz quando se prega palavras de ódio ou desejar amor onde se espalha desunião de classes. A espiritualidade é solidária, ela ajuda o ser humano a enxergar suas falhas e a corrigi-las. Ela também tem o profundo anseio de que seu sofrimento se cesse. Entretanto, as atitudes contribuem com as devolutivas do universo” – garante a especialista.

Brendan completa dizendo “Todas as nuances do Universo fazem parte da vida, assim como a transformação. E a passagem do novo coronavírus pelo mundo certamente faz parte desse processo”.

Mas e como ficará o restante do ano? Yara Vieira, também Astróloga do Astrocentro explica que, no final de 2020, mais especificamente em 20 de dezembro, Júpiter se encontrará com Saturno em Aquário, ampliando essa necessidade de altruísmo global, em decisões cotidianas. E essa atitude será responsável pelo próximo período. Mas também não podemos esquecer que estamos vivendo um ciclo de Saturno desde 2017, e ele vai durar até 2052. E estes anos costumam ser bastante intensos, com grandes acontecimentos, principalmente envolvendo estruturas sociais: governos, movimentos de classe, escândalos de poder, transformações profissionais, regimes políticos, padrões sociais…

Apesar desse cenário, o próximo ano tende a ser mais leve e deve ser recebido de peito aberto e com muita responsabilidade. “Trate os outros como gostaria de ser tratado, aprenda a ouvir mais. Entender a dor do outro nos ajuda a expandir nossos horizontes. Essas pequenas atitudes inspiram outras pessoas a mudar. Nós estamos todos conectados, e a vida muda quando você muda. Lembre-se disso“, finaliza Brendan.

Kélida também aconselha as pessoas a realizarem uma reforma intima. Segundo ela, é necessário conhecer nossos pontos fortes e fracos, reconhecer o que gostamos e o que não gostamos, além claro de termos consciência das nossas limitações como ser humano. “Esvaziar-se diariamente é uma atividade que recomendo. O indivíduo deve fazer isso sentando em uma cadeira, fechando os olhos e perguntando ao seu corpo: Existe alguma energia ou sentimentos negativos ligados a mim? O corpo sempre vai responder. Você pode sentir uma dor em um determinado lugar ou enxergar mentalmente uma imagem, situação ou até uma pessoa. Quando sentir ou vir um pensamento, diga mentalmente ‘isso não me pertence, estou desligando minha energia dessa situação agora’” e tenha certeza que isso trará uma leveza na alma e a prática vai ajudar nesse momento.

A reflexão deve ser um hábito para toda vida. É comum o ser humano agir e depois pensar, quando se deveria fazer o contrário. Mas, na prática, o raciocínio está presente em poucas situações, principalmente em um momento no qual as informações chegam a tempo real e todos estão conectados. “Para ouvir o sexto sentido e receber informações corretas da espiritualidade ou das reflexões é preciso silenciar a mente” – finaliza Kélida.